Quem sou eu

Minha foto
Professora de Matemática http://facebook.com/claudiamariacarvalho

quarta-feira, setembro 21, 2011

Semana do trânsito




“Pare, pense e mude! O trânsito só muda quando a gente muda”;tema da semana nacional do trânsito em Cubatão.
Estamos em plena Semana Nacional de Trânsito, comemorada, em todo território nacional, entre 18 e 25 de setembro, cujo tema escolhido este ano, dentro da Década Mundial de Ações para a Segurança de Trânsito-2011/20, foi "JUNTOS PODEMOS SALVAR MILHÕES DE VIDAS'.
O coordenador de Ensino do Instituto Brasileiro de Tecnologia e Desenvolvimento (IBTD), Artur Herculano Martins disse: “O tema da campanha da Semana do Trânsito deste ano é ideal para melhorar as condições de segurança nas vias do País. Quando os motoristas mudarem o conceito de direção segura, com certeza teremos índices menores de acidentes”.
O seguro obrigatório DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores em Vias Terrestres),no primeiro semestre deste ano, pagou 107.403 indenizações por invalidez. Os dados se referem a acidentes ocorridos até três anos atrás no país. No total, incluindo mortos e feridos, as indenizações, nos primeiros seis meses de 2011, chegaram a R$ 1,1 bilhão.
O crescimento da frota de motocicletas é tido por especialistas pela puxada das estatísticas de acidentes, em que as lesões que mais matam são fra-turas no crânio (falta do capacete de segurança), trauma de tórax ( falta do uso do cinto nos carros), bacia e ossos longos.O trânsito é a principal causa de morte de jovens no país, numa faixa etária de 15 a 24 anos. Mais de 70% são do sexo masculino. Segundo a ONU, o Brasil é o quinto país em acidentes de trânsito no mundo. O trânsito brasileiro mata 2,5 vezes mais que nos Estados Unidos e 3,7 vezes mais que na Europa. Em média, 100 pessoas por dia perdem a vida na barbárie do trânsito brasileiro, que ceifa a vida de 36 mil anualmente (quase a capacidade total do Estádio do Engenhão no Rio), sem falar nos que adquirem graves sequelas. A Espanha, cita em seu artigo a jornalista Ruth de Aquino, reduziu em 57% as mortes em estradas. "Não basta educar, é preciso vigiar e punir. As campanhas devem ser duras e realistas. Acidente de trânsito não é maldição divina e deve ser combatido como doença grave", diz Navarro Olivella, um espanhol estudioso do tema.
A semana de trânsito deve servir, portanto, para que nos mobilizemos por um trânsito mais humano. Os acidentes de trajeto são uma grave doença social e parecemos impotentes para conter tamanha tragédia, em que carros retorcidos, vítimas ensanguentadas, dor, sofrimento, desespero e famílias enlutadas são fatos rotineiros. Acresce-se o fato de que boa parte de nossas estradas e vias urbanas apresentam-se em estado precário no que tange à pavimentação e à sinalização. A cada dia, o carro vem se transformando numa arma mais mortífera e a impunidade dos crimes de trânsito é flagrante. Apesar do advento da Lei Seca, muitos motoristas continuam bebendo e dirigindo. Matando, morrendo e mutilando, e as leis acabam protegendo os homicidas do trânsito.
Fica evidenciado que o perfil do motorista brasileiro, em sua maioria, é de imprudência, desrespeito às leis de trânsito e acentuado grau de estresse e deseducação. Não há disciplina consciente no trânsito. É problema cultural e de carência de rigorosa punição. Precisamos frear o ímpeto dos imprudentes e assassinos em potencial do volante antes que sejamos a próxima vítima. Quem mata no trânsito por direção alcoolizada ou por excesso de velocidade comete homicídio doloso. É Trânsito é meio de vida, não de morte e destruição humana.

Nenhum comentário: